segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Considerações

Começo este texto pedindo desculpas (mais uma vez) aos leitores do meu blog. Estive em viagem temporária, alocada num lugar onde nem o celular funcionava, sinal de internet então, nem pensar! Mas estou de volta alguns comentários sobre as minhas “pesquisas de campo”.

Ultimamente tenho feito o papel de “advogado do diabo” (me perdoem as mulheres, se revelei alguns segredos, mas precisamos começar a nos desvendar ou os homens jamais entenderão o universo feminino), ouvindo queixas de alguns amigos sobre o fim de suas relações.

Sim, os homens também sofrem por amor! Bem verdade que reagem de forma diferente (será mesmo??!) quando se decepcionam, mas sofrem e se questionam sobre os motivos que levaram ao fracasso da relação.

Fazendo as devidas considerações e analisando bem, essa conversa dará muito pano pra manga! Aguardem.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Desculpa

Depois que inventaram a palavra desculpa ficou fácil magoar os outros. É simples! Fórmula mágica. A gente magoa, fere, ofende e depois diz “desculpa”, e passa a agir como se nada tivesse acontecido.

É tolo quem acredita que um pedido de desculpas zera tudo. Quase tão tolo quanto quem acredita em Papai Noel! Outro dia vi uma frase no MSN de uma amiga que dizia: “Eu não sou o tipo que guarda mágoas, mas também não sofro de amnésia”! Achei fantástica! Ninguém sofre de amnésia quando se trata das próprias marcas.

Nós somos feitos de memórias, de lembranças boas e ruins. Alguns conseguem, sabiamente, perdoar os erros e seguir em frente, mas esquecê-los, tenho certeza que não! O fato é que ninguém precisa ficar remoendo, até porque a amargura é o prato de quem se propõe a conservar suas dores.

Desculpa, não é uma borracha escolar e atitudes, não são frases escritas a lápis sobre a qual basta passar a borracha, apagar e está tudo resolvido. Aliás, nem assim, pois mesmo quando apagamos uma frase no caderno da escola, a marca fica lá. Uma lembrança da bobagem que escrevemos. Conosco também é assim.

Quando se pede desculpas, a postura a ser assumida não é a da redenção, mas do arrependimento. E a lição que acompanha o pedido, é a de que devemos sempre evitar a mágoa alheia. O que é tratado não é caro, já me dizia um amigo de longa data. Ninguém erra com a intenção de errar (pelo menos eu quero acreditar nisso), entretanto, às vezes, um ato impensado coloca em xeque relações, até então, honestas e profundas (sejam elas familiares, de amizade, de amor ou profissionais).

Por fim, prefiro cultivar o hábito de plantar flores no jardim e a consciência tranquila, do que  colecionar pedidos de desculpas.


terça-feira, 22 de novembro de 2011

A última Bolacha do Pacote

Admiro o perfil de pessoas pró-ativas que se esforçam pra alcançar suas metas e objetivos. Confesso inclusive que sou um pouco relapsa às vezes, entregando de mão beijada um trabalho pronto, pelo medo de subjugar ou magoar os que me rodeiam. Mal (ou bem) dos librianos que sempre pensam no coletivo.

Mas observando certos “casos” do último final de semana, percebi que a alguns falta uma certa dose de “Chá de SEMANCOL”, afinal, existe muita diferença entre ser pró-ativo e se achar a última bolacha do pacote. Aliás, eu sempre achei que a última bolacha do pacote é a que sobra, pois já comemos o pacote todo e estamos de barriga cheia. Na melhor das hipóteses, a última bolacha, será engolida com esforço. Por fim, provei minha teoria!

Um dos casos de minha análise, chegou achando-se o dono do campinho, querendo ser “exclusivo”, a nova espécie recém descoberta, a última bolacha, aquele que sabe tudo de tudo (e ninguém, nunca, sabe tudo). A fórmula já estava pronta, os criadores estavam todos lá, mas a criatura achou-se maior e mais importante que o todo. Finalmente acabou isolado, se afastou do convívio. Quem não compõe o todo deixa de ser parte.

Entra aqui a máxima do pouco de muito ou muito de nada, o que vale mais? Fiquei me perguntando até onde a vai vaidade, porque, em excesso, acaba afastando qualquer um que queira se aproximar. Exagero é sempre considerado excesso, e tudo que é excesso, SOBRA ! (lembrem-se da última bolacha, que pra não colocar fora empurramos goela abaixo). Fica a dica!


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

GOL!!!

Outro dia, li um texto interessantíssimo da Martha Medeiros (quando eu crescer, quero ser como ela!) que falava sobre a dificuldade que a maioria das pessoas tem em focar seu objetivo e andar em direção a ele, sem rodeios ou desperdício de tempo e  energia. E que isso não acontece apenas no trabalho, mas também na vida pessoal e inclusive nos relacionamentos. O título? “Onde fica o Gol?”

Percebi que, assim como as personagens do texto sofriam com a falta de iniciativa e foco de pares e colegas, eu também sofro. Isso porque, quando decido alguma coisa, eu quero realizar, custe o custar, e quero logo, de forma reta. Quero correr em direção a goleira e marcar, sem muita fita, sem muito enfeite. Eu quero fazer o gol!

Tenho trabalhado em mim, a paciência para esperar o tempo certo (em geral, dos outros), mas a muito custo, consigo calar quando vejo as pessoas ao meu redor assumindo o papel de “cachorro que corre atrás do rabo”, repetindo processos que, conhecidamente, já sabemos que não chegarão a lugar nenhum.

Chego às vezes, a me irritar com a paciência de certas pessoas (e olha que a minha mãe diz que sou lenta!), com a capacidade de deixar pra amanhã as decisões que poderiam mudar a própria realidade.

O tempo é curto para viver a angustia do incerto. O lance é decidir, seguir pro gol, e... marcar! Pode-se errar o chute? Claro que sim, até jogadores experientes perdem gol feito em final de campeonato, mas, sem tentar, não dá pra saber.

(Nota: Não dá pra viver de hipótese, ou dá?)


Abaixo, o texto da Martha Medeiros. Boa leitura!

Onde fica o gol?
Martha Medeiros 

Em função da mobilização com a Copa do Mundo, andei me lembrando de uma conversa que tive com um amigo, anos atrás. Ele liderava uma equipe numa agência de publicidade e trabalhava em ritmo alucinado. No decorrer do papo, ele desabafou dizendo que era difícil conviver com colegas que não sabiam para que lado ir, o que fazer, como agir, e que por causa dessas incertezas perdiam tempo e faziam os outros perderem também. E exemplificou: “Sabe por que eu sempre gostei do Pelé? Porque o Pelé pegava a bola em qualquer lugar do gramado e ia com ela reto para o gol. Ele sabia exatamente para onde tinha que chutar”.
– Isso que você nem é muito fã do esporte – comentei.
– Pois é, não jogo futebol, mas tenho alma de artilheiro: entro em campo e já saio perguntando onde é que é o gol. É pra lá? Então é pra lá que eu vou, sem desperdiçar meu tempo, sem ficar enfeitando.
Taí o que a gente precisa se perguntar todo dia quando acorda: onde é que é o gol?
Muitas pessoas vivem suas vidas como se dopadas, chutando para todos os lados, sem nenhuma estratégia, contando apenas com a sorte. Elas acreditam que, uma hora dessas, de repente, quem sabe, a bola entrará. E, até que isso aconteça, esbanjam energia à toa.
“Goal”, em inglês, significa objetivo. Você deve ter um. Conquistar um cliente, ser o padeiro mais conceituado do bairro, melhorar a aparência, sair de uma depressão, ganhar mais dinheiro, se aproximar dos seus pais. Pode até ser algo mais simples: comprar as entradas para um show, visitar um amigo doente, trocar o óleo do carro, levar flores para sua mulher. Ou você faz sua parte para colocar a bola dentro da rede, ou seguirá chutando para as laterais, catimbando, sem atingir nenhum resultado.
Quase invejo quem tem tempo a perder: sinal de que é alguém irritantemente jovem, que ainda não se deu conta da ligeireza da vida. Já os veteranos não podem se dar ao luxo de acordar tarde, e, no caso, “acordar tarde” não significa dormir até o meio-dia: significa dormir no ponto, comer mosca. Não dá. Depois de uma certa idade, é preciso ser mais atento e proativo.
Parece um jogo estafante, nervoso, mas não precisa ser. O gol que você quer marcar talvez seja justamente aprender a ter um dia a dia mais calmo, mais focado em seus reais prazeres e afetos, sem estresse. É uma meta tão valiosa quanto qualquer outra. Só que não pode ser um “quem sabe”, tem que ser um gol feito.

Essa é a diferença entre aqueles que realizam as coisas e os que ficam só empatando.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

GPS

Tem cada vez mais gente ligando o GPS e colocando a vida no piloto automático. Cuidado! Um dia desses, o GPS erra a rota e te atira dentro do rio. Literalmente!

No último fim de semana, fomos (equipe de trabalho!) a Canoinhas em Santa Catarina, realizar um evento. Pela primeira vez em anos, dispomos desse maravilhoso aparelho conhecido como GPS e, entre um dobre a direita a 300 metros e um dirija 240 kms pela rodovia, vínhamos seguros de que, afinal, estávamos no caminho certo.

O que não contávamos, é que às vezes, o sinal do satélite também erra a rota e proporciona opções, eu diria, não tão seguras. Dito e feito! Passando por dentro de União da Vitória, nosso (maravilhoso?) GPS, nos apresentou uma rota alternativa, que acabava dentro do rio Iguaçu.

Quando a mulher que habita o GPS disse prepare-se para dobrar a direita a 100 metros, eu gritei: Pára! Estávamos na barranca, dava até pra molhar os pés!

Mal comparando, tem muita gente que anda ouvindo cegamente as instruções do GPS e deixa a decisão do caminho a ser seguido, por conta do destino. Sim, eu acredito em destino e, que de uma forma ou de outra, encontraremos o que nos está reservado quando for o momento certo.

Entretanto, não podemos deixar as decisões por conta do acaso. A vida, às vezes, nos oferece paisagens maravilhosas, que deixamos de ver por estar prestando atenção exclusivamente ao trajeto do GPS (não dá pra deixar de olhar pela janela, pra ficar olhando o trajeto desenhado na telinha).

Assim é com a vida, não dá perder a oportunidade de ser feliz, porque estamos no piloto automático. Cada um tem que ser agente da própria sorte e, gritar “Pára!!” quando for preciso!


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Construindo

Ao nascermos, trazemos ao mundo, o encargo de uma missão. Um propósito para a permanência passageira neste plano. Cada um deve (e precisa!) evoluir.

Assim, uns nascem para ser construtor. Arquitetos de grandes construções. Não necessariamente prédios, mas construtores de projetos mais amplos, ou formadores de personalidades. Essas pessoas tem, intrínseco em sua na alma, a capacidade de contribuir, de apoiar, de fortalecer o que quer que seja. Ao plantar uma flor, por exemplo, a planta vinga mais viçosa e fortalecida pela energia positiva das mãos que a cultivam.

Percebe-se claramente quem são os construtores. Primeiro porque estão sempre cercadas de bons amigos, com um astral positivo e motivadas a felicidade. Essas pessoas não criam problemas, ao contrário, estão sempre envolvidas com a solução. Para estes, não importa se o trabalho é difícil, o prazer reside na cooperação.

Assumem diante da vida e das dificuldades que, por vezes aparecem, uma postura de otimismo e acreditam firmemente na realização dos seus sonhos. Por vezes sonham alto, mas isso não é empecilho, afinal, impossível é apenas uma questão de ponto de vista.



Em contraponto à balança, existem os motoristas de retro-escavadeira. Os destruidores. Aqueles que se apegam a inveja e ao ciúme para terminar com qualquer trabalho ou atividade que esteja dando certo. Pra estes, pouco importa quanta energia foi dispensada na construção, ou quantas mãos trabalharam unidas para erguer o prédio. Eles querem destruir a todo custo.

Costumeiramente, os destruidores, não admitem ou reconhecem os méritos alheios. Ao contrário, esperam os “louros” para si, mesmo que sua contribuição tenha sido parca (ou nenhuma!) e turbulenta. São adeptos da filosofia: “se não posso contribuir, posso atrapalhar... o importante mesmo é participar”. E dessa forma, transformados num trator de esteira turbinado, saem derrubando tudo que encontram pela frente. Sentimentos como ódio, vingança, ciume e ganância ficam explícitos no olhar, apesar de conscientemente tentarem disfarçar.

Não é difícil reconhecer tais perfis. Eles costumam agir de forma sorrateira, criando intrigas e semeando fofocas com a intenção de desmotivar os construtores e acabar com qualquer bem fomentado. Também costumam “cacarejar” muito, pois precisam de mídia e platéia, mas no fim, acabam solitários e desacreditados, esquecidos e ofuscados pela capacidade de quem sabe construir!


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Palavreando

Escrever, todos aprendemos, ao freqüentar os bancos das séries iniciais, mas sentir as palavras e escrever com o coração é um dom que poucos recebem.

Impressiona-me a capacidade de certas pessoas de brincar com as palavras. Acolheram as letras e em poucas linhas descrevem com riqueza de detalhes causos e momentos. Numa sucessão de temas que se misturam e se completam vão formando no imaginário do leitor um cenário, uma personagem e um sonho e, tele transportam quem, avidamente, acompanha os escritos.

Estimulando risos e lágrimas, às vezes, tem a capacidade de fazer com que o leitor se encontre ou se reconheça em cada linha. Quem nunca leu grandes obras e, fechando os olhos imaginou-se o herói do enredo ou a mocinha do romance?

Impressiona-me essa capacidade de transformar. E não pensem que são os leitores que viajam em sua imaginação enquanto lêem. Não! Esse privilégio pertence aos escritores. São eles que combinam de forma perfeita as palavras, promovendo tal passeio. Tem a capacidade de transcrever a emoção, de descrever o sentimento de tal maneira que a dor arde, também, no peito de quem lê.

Para conseguir tal façanha, creio eu, que seja necessário um infinito amor às palavras. É preciso ter um caso amoroso com as letras. Tornar-se cuidadoso amante da língua, conhecendo a fundo suas faces e segredos, palavreando os sentidos. Grandes escritores possuem o talento de brincar com as palavras e a habilidade de transcrever o amor como que vive constantemente uma arrebatadora paixão.


Para escrever, basta seguir as regras... para encantar é preciso quebrá-las!




domingo, 16 de outubro de 2011

3.3

Recentemente completei 33 anos. Revisando a memória, parece que foi ontem que estava fazendo meus sonhados 18 anos, mas que nada, o tempo voa, e já bati a marca dos 33. Mas, ao contrário do que pensam a maioria das pessoas, envelhecer tem certos benefícios.

Pra dizer bem a verdade, eu não tenho muita saudade dos 18 anos. E nem tenho tanto medo assim de envelhecer, afinal faz parte do processo natural. Honestamente, creio que estou muito melhor hoje do que era, quando mais jovem.

Hoje, por exemplo, como sem culpa o que meu paladar pede. E sem excessos porque tenho consciência das minhas necessidades orgânicas. Diferencio fome e gula e quando uma ou outra me vence, na perco mais do que 5 minutos com peso na consciência, afinal não adianta mesmo!

Também me acho mais atraente hoje. Segura do que me agrada e do que em mim, agrada os outros. Isso porque aprendi (por experiência) que beleza se esvai com o tempo, e que o caráter, esse sim, se aprimora, pois a forma como nos vemos pode determinar como os demais passam a nos enxergar. Percebi que minha postura, meu olhar ou meu tom de voz, podem ser tão atraentes quanto meu peito ou minha bunda, quando se trata de uma relação importante.  Descobri que amor não está diretamente relacionado à estética e, que a atração, normalmente acaba depois do sexo.

Já a sensualidade, essa sim tem relação com a idade. Uma mulher madura, segura dos seus desejos e plenamente consciente de suas qualidades torna-se um constante desafio ao universo masculino e um disputado objeto de conquista. Aí sim, encontra-se uma dos segredos de sedução das mulheres maduras. Balzac diria que, livre das amarras, a mulher com mais de 30 anos torna-se um paraíso a ser desvendado.

É claro que, (como toda mulher) peço ao tempo que seja generoso. Que as rugas venham lentas, que o corpo suporte os efeitos da Lei da Gravidade e que os fios brancos demorem a se instalar, mas isso, já não é o primeiro pedido da minha lista de presentes.
O meu primeiro pedido agora, é que o tempo mantenha perto os que eu amo e, que os sorrisos sejam mais constantes do que as lágrimas. Que eu tenha tempo de não ter tempo, que eu faça tudo o que ainda não fiz sem me preocupar com o amarelo da minha identidade e que eu ainda faça muitos aniversários.

Percebi que mais importante que ser bela, é ser honesta e me libertar de conceitos e paradigmas que atrasam (ou atrapalham) a minha felicidade. Descobri que o amor é cego (graças a Deus!) e que é a sua cegueira que garante uma nova e constante descoberta! Quem ama, não ama a idade, os cabelos ou os olhos... quem ama, ama o todo, e é na soma, no total, que reside o grande segredo.

Ao envelhecer, eu não ganhei apenas anos na minha certidão de nascimento. Ganhei currículo e mais uma infinidade de bens. Ganhei sentimento e maturidade. E hoje invisto no que realmente importa. Invisto em conteúdo, porque embalagem, quando recebe um presente, a gente rasga e joga no lixo. Isso porque, em geral, o melhor presente, não é o que tem o pacote mais bonito, mas aquele que nos marca pela lembrança.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Vaidades

Acho que todo homem devia, quando chegasse aos 30 anos ter um dia de mulher! Aliás, um dia não. Uma semana! Isso mesmo, uma semana!  De segunda a segunda! Pra sofrer na pele o nosso estresse. Assim, talvez, eles mudassem seus conceitos sobre nós e, quem sabe nos tratassem com mais consideração quando sofremos aquele “pequeno atraso” na hora de sair.

Sim, isso porque todo homem considera bobagem o tempo que gastamos em maquiagem, cremes e tudo o mais que nós fazemos e usamos somente para agradá-los. Isso porque eles ainda não perceberam que tudo, (tudinho mesmo!) é só pra eles, e que o principal objetivo é fazer com que o gato sinta um tremendo orgulho de ter uma mulher linda e cheirosa do lado dele.

Esse papo de que mulher se arruma pras outras mulheres, é conversa fiada que inventamos por orgulho, pra não “encher a bola” do amado. Mas no fundo no fundo, a verdade é que tantos artifícios de sedução são parte constante da conquista! (e cada vez mais necessárias, pois a cada dia, porque a concorrência está crescendo no mercado! Já são 7 candidatas a vaga de namorada por cada bofe disponível).

São verdadeiras loucuras que as mulheres (a maioria pelo menos) faz pra ficar mais bonita! É academia, desenho de sobrancelha, depilação, musculação, dieta, cauterização capilar, manicure, pedicure, drenagem linfática (que nos enche de hematomas), maquiagem, tratamentos de pele, tinturas, hidratantes, anti sinais, e mais um arsenal de procedimentos estéticos (sem falar em botox!). Tem horas que mais parecemos uns ETs de tantos cremes e tratamentos. Tenho certeza que não existe uma única mulher sobre a face da terra que esteja completamente satisfeita com o próprio corpo. O sonho de 11 em cada 10 mulheres é fazer uma plástica (de preferência uma lipoescultura!!), nem que seja pra consertar um “defeitinho” que só ela enxerga!

E os homens, na maioria (e digo isso porque existem representantes do sexo masculino que valorizam a beleza feminina quase tanto quando as outras mulheres!), não percebem nenhuma diferença, mesmo depois de horas no salão de beleza! Por isso, um conselho: Acordem meninos! Quem não dá assistência, abre concorrência, perde a preferência e assume a conseqüência! O fato de ter excesso de mulher no mercado não significa que os homens inteligentes não estejam à procura de mulheres de qualidade!


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O país das bobagens!

Lendo um jornal de grande circulação no Rio Grande do Sul e ouvindo as notícias nacionais, tomei conhecimento sobre a polêmica que estão criando no caso da campanha publicitária da Hoppe, marca de lingery que tem a top model Gisele Bundchen como garota propaganda.

Gisele é uma das mulheres mais belas do planeta, considerada um exemplo de profissional e referência por não ter seu nome envolvido em escândalos. É também um referencial de postura no que se refere a sua vida pessoal, evitando exposição desnecessária, em resumo, é reconhecida no mundo todo por sua competência.

Aí vêm órgãos brasileiros (Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República diz em nota no seu site oficial que “A propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grandes avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas. Também apresenta conteúdo discriminatório contra a mulher, infringindo os arts. 1° e 5° da Constituição Federal”) tentando polemizar a sua estampa, dizendo que a dita campanha comercial é apelativa e traz contexto sexista. Pergunto-me, onde estão tais órgãos em horário nobre, quando são apresentadas cenas na “novela das 7”, com personagens que exageram nos trejeitos homossexuais influenciando nossos filhos?

Não sou preconceituosa e nada tenho contra a homossexualidade. Acredito honestamente que cada um tem o direito de ser como quiser, mas apresentar isso na televisão em horário em que o público infantil assiste e de forma que isso pareça certo, já é um pouco demais!

Dizem que o Brasil é um país onde a censura ficou pra trás junto com a ditadura, mas uma bela mulher em roupas íntimas (eu nem achei as imagens tão sensuais, pois o lingery apresentado pela campanha me passa a imagem de conforto e praticidade e não de sensualidade!) pode ser considerado inconveniente, mesmo no país das mulatas que sambam nuas do carnaval! (vendemos para o mundo a imagem de sensualidade e caliência das brasileiras, mas não podemos explorá-la quando se trata de nós mesmas e do nosso dia a dia??)

E no mais, qual mulher nunca usou de suas armas de sedução para alcançar certas regalias com o seu parceiro (seja ele namorado, marido ou amante!)?

Analisando certas bobagens que tenho visto e ouvido, realmente, obrigo-me a perguntar: - Que raios de país é este?? Tem gente que tem tempo (e inveja!) pra cuidar da vida da Gisele!!


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Quem perdeu??

Aliança por definição é o laço que prende duas ou mais entidades que se prometem mútua amizade e auxílio, casamento ou simplesmente, anel liso de ouro, que simboliza o casamento ou um comprometimento.

Outro dia encontrei perdida uma aliança e comecei a me perguntar quem poderia tê-la perdido? Primeiro por causa do valor, afinal trata-se de um anel de metal nobre. Depois pelo significado. Por via das dúvidas, guardei para restitui-la ao dono(a) (Isso se ele ou ela a procurar!!)

Creio que quando assumimos um compromisso afiançado pela simbólica aliança, o fazemos por sua importância, tanto na esfera social (já que o anel é um signo do compromisso diante da sociedade) quanto sentimental, onde o grande desejo é demonstrar todo o carinho e consideração que temos com o outro elo da relação.

Quando um casal decide usar uma aliança, deve ser porque não restam dúvidas quanto ao sentimento ou a relação em si. Por certo, o fato de ser a aliança um anel sem começo ou fim, deve representar, além da firmeza do compromisso, a vontade de que o amor, seja eterno (pelo menos enquanto dure, como disse certa vez um poeta!).

Mas se é assim, o que leva tão descuidado (a) amante a perder seu signo de compromisso? Certamente não foi o tamanho do anel, pois trata-se de uma aliança pequena. Terá sido a vontade inconsciente que a tirou do dedo anelar ou talvez apenas o descuido em si?

Bem, tanto faz! Mesmo assim, a aliança continua na minha mesa, indagando-me onde anda seu dono (a). E eu olhando pra elas todos os dias coloco em xeque a instabilidade do sentir humano...Será possível remover um sentimento do coração da mesma forma que tiramos um anel do dedo? Observando a peça me pergunto: - Aliança quem será que te perdeu? 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O verdadeiro conhecimento

Outro dia vi alguém desdenhar outra pessoa por seu grau de qualificação. Faculdade e graduação são primordiais para ser alguém. Será mesmo?
Não questiono a importância dos estudos, ao contrário no mundo coorporativo atual, graduação é pré-requisito para qualquer cargo. Mas a grande pergunta é: Ter formação acadêmica é o que nos faz “ser alguém”? Será o diploma que nos confere credibilidade? Serão os bancos acadêmicos que nos proporcionam caráter?
Infelizmente (ou felizmente!), desde muito cedo aprendi que valores como dignidade, respeito e caráter, são heranças que trazemos do berço e, que de nada adiantam faculdades e especializações se não nos especializamos na arte de viver!
Somos fruto das nossas vivências e das lições que aprendemos com as dificuldades e obstáculos que a vida nos impõe. Cada um pode assumir o seu papel, aumentando os problemas ou fazendo parte das soluções. Cada um pode tornar-se por vontade própria vitima ou herói nas situações.
Respeito ao próximo e suas crenças, humildade, reconhecimento ao outro, carinho, honestidade, trabalho em equipe, simpatia, iniciativa e até mesmo competência, são características intrínsecas a personalidade de cada um, que não acompanham o diploma. Prova disso, são centenas de recém formados (ou não tão “recém”) que ficam impossibilitados de exercer sua profissão por falta destes requisitos.
Creio que o grande segredo para o sucesso (sempre tão almejado!) não esteja basicamente relacionado ao nível de formação ou ao nome da faculdade, mas certamente, está atrelado ao trabalho sério e ético, baseado nos conceitos e valores que acompanham o caráter.
Conheço inúmeros casos de autodidatas que mal freqüentaram os primeiros anos dos bancos escolares, mas que se tornaram grandes personalidades por sua capacidade de aceitar o desafio e se adaptar a mudança. Grandes homens (ou mulheres), não são os que gritam alto e impõe sua vontade pela força, mas aqueles que conquistam seguidores por sua personalidade e liderança. (Mandar é bem diferente de comandar).
De nada adianta ser formado na faculdade, se as lições mais primordiais deixamos de aprender com a escola da existência, afinal, o verdadeiro conhecimento nasce no plano dos sentimentos...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Gatos

Tenho sentido uma vontade indescritível de distribuir presentes pra algumas pessoas. O presente? Gatos! Isso mesmo! Vou começar a distribuir gatos de presente. Não pra todo mundo, é claro! Mas apenas pra quem precisa.
Perguntarão-me por que eu daria um gato de presente a tais pessoas? A resposta é simples. Dizem as lendas, que os gatos têm sete vidas e assim, os presenteados ficarão ocupados em cuidar da vida (ou vidas) de seu novo bichano e deixarão de cuidar da vida de quem tem mais o que fazer.
Me irrita profundamente, gente que procura “guampa em cabeça de cavalo” e fica criando enredos pra dificultar um processo que é, geralmente simples. Tira-me do “sério”, gente que quer o holofote principal não por sua competência, mas por seus “pitis”. Parece-me que essas pessoas não querem ser reconhecidas por seu esforço e suas realizações (coisa que a maioria deseja!), mas por ter sido quem, afinal, conseguiu prejudicar alguém!
Gastam uma enorme quantidade de energia, desenterrando “mortos”, manipulando pessoas e maquinando em pensamento um plano infalível para “derrubar” o outro. Li uma frase certo dia que dizia: “O único motivo para alguém odiá-lo, é o desejo de ser exatamente como você é”. Eu começo a acreditar!
E foi observando pessoas que tentam polemizar ambientes e criar conflitos que percebi que tem muita, mas muita gente precisando de um gato de presente. Alguns precisam de um gato preto (coitadinho do bichano) pra combinar com o caldeirão e a vassoura (isso porque tem prazer em destruir e prejudicar o que já foi construído por um, ou por muitos), pra outros, um gatinho qualquer já serve (afinal, é só pra ocupar o tempo ocioso)!
E depois de distribuir os gatos (a minha lista de presenteáveis já tem uns 15 nomes e vem crescendo a cada dia!!), se ainda assim, restar tempo pra cuidarem dos outros, vou lançar uma promoção. Ainda não pensei no nome, mas o slogan será: “Pague as minhas contas, assuma as minhas dividas e ganhe inteiramente grátis o direito de cuidar (e falar) da minha vida! (Creio que terá uma grande adesão!)
Por certo, se determinadas pessoas se preocupassem com a própria vida o tanto que se preocupam com a dos outros, certamente estariam ocupadas demais para criar problemas e alcançariam com mais facilidade a almejada felicidade, isso porque, quando estamos em paz não nos sobra tempo pra procurar a guerra!
Paz e bem a todos!

(Pra quem leu este post: Gente, eu sei que os gatos não têm culpa e nem merecem certos donos, mas quem sabe, né? A tentativa é válida!!)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Milagre

Hoje, depois de um dia difícil, pensei em pedir a Deus um milagre que mudasse a minha vida, quando me lembrei de uma frase que sempre baseou minhas crenças.  Albert Einstein disse certa vez: -“Há duas formas para viver sua vida: Uma é acreditar que não existem milagres. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre”! Eu concordo com ele! Sim, eu acredito em milagres!

Acredito que tudo, tudo mesmo, tem um pouco de milagre. Enquanto vejo pessoas de joelhos pedindo a Deus “um milagre” (às vezes impossível), prefiro acreditar que tudo tem um pouco da mão de Deus. Que até mesmo as coisas mais simples, são milagres.

A vida é um milagre! Abrir os olhos e enxergar o mundo é um grande milagre. O desabrochar das flores, o orvalho da manhã as gotas de chuva na janela e o sussurrar do vento são bênçãos de Deus derramadas sobre o mundo e, podem sim, ser considerados verdadeiros milagres.

Recomeçar. Aprender com os erros e ter uma nova oportunidade (e mais uma, e outra, e tantas quantas forem possíveis!) é um milagre! A cada dia temos a oportunidade de rever nossas escolhas e optar pelo caminho certo. A isso, chamamos livre arbítrio e, esse presente também é um milagre!

Saúde, família, amigos e até as “coincidências” (se é que elas existem) são sempre milagres! Encontrar um grande amor (ou o amor simplesmente!), vivê-lo intensamente e ter a consciência da plenitude da existência, eu considero o maior de todos os milagres.

Aquilo que não se pode explicar, que vai além do nosso vão entendimento, não pode também ser considerado milagre?

Enfim, percebi quantas dádivas tenho recebido. Dei-me conta de quantos milagres tenho presenciado e o quanto tenho a agradecer. A vida é um presente que ganhamos ao nascer, depois torna-se responsabilidade de cada um de nós transformá-la num milagre!



"Tudo é merecimento, e eu tenho muito a agradecer"!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sim!! Eu pago (muitos!!) micos


Amar é pagar mico! Isso mesmo, quem ama paga os maiores micos do mundo! Faz declarações de amor, volta a agir como adolescente, manda flores, escreve bilhetinhos apaixonados, desenha corações, tudo para provar seu sentimento.

Esse lance de dizer te amo, como diria o grande Jabor, por si só, não basta. É preciso mais. Amar requer provas e demonstrações. E faz-se necessário sim, uma dose de micos e mais algumas atitudes, afinal, o amor não mora nas palavras, mas nos atos.

É um gesto de carinho, um abraço apertado, um olhar de cumplicidade, de consolo ou simplesmente, segurar a mão. O amor não vem implícito nas três palavrinhas que o mundo pára pra escutar na hora da novela. Ao contrário, o amor está em fazer o que ninguém mais faz pelo outro, naquelas coisas mais simples e aparentemente, insignificantes.

Eu digo que amo, quando fico velando o sono, quando fecho os olhos e, na imaginação materializo quem eu gostaria de abraçar. Digo que amo, quando dedico o primeiro e o último pensamento do meu dia a ele. Já cheguei a deitar sozinha na cama e imaginar que meu amado, estava ali, deitado nas minhas costas, de conchinha, só pra sentir a sua presença. Já liguei pra não dizer nada, apenas com o intuito de ouvir um... oi amor!

Amor não sai da boca, brota de um vale mais profundo e às vezes um tanto desconhecido. Vem do coração. Por mais incrível que possa parecer, eu (e quase todo mundo que conheço!) já acreditei que o amor fosse como um fenômeno único, como um cometa, que a gente só vive uma vez.

Felizmente aprendi que o amor como idealizamos, não é único, é apenas mera ilusão e, que amamos (ou pensamos que amamos) muitas vezes ao longo da existência, mas que quando o amor (enquanto sentimento acompanhado de atitudes que baseiam e fundamentam a relação) acontece, no tempo e com a pessoa certa, torna-se invariavelmente, um fenômeno, incrível e deliciosamente inédito!


Às vezes, Deus coloca pessoas erradas em nossa vida, para que saibamos valorizar quando encontrarmos a certa!

sábado, 20 de agosto de 2011

Dúvidas


O que é uma dúvida? Normalmente as pessoas definem como dúvida, o fato de não saber como agir. Entretanto, eu não acredito nisso. Não se pode ficar em dúvida quando não se sabe o que fazer, qual o caminho a seguir, quando não conhecemos as possibilidades de escolha.

Pra mim, dúvida, é quando a gente sabe exatamente o que fazer, mas ainda assim, tem medo. Tem medo de arriscar, de encarar as mudanças, de vencer as próprias limitações. Dúvida, é o medo de quebrar a cara e ter de recomeçar do zero.
Existe uma máxima que diz que não existem oportunidades perdidas, apenas oportunidades que os outros aproveitaram. Assim, entendo que dúvida, é ficar vendo o cavalo passar encilhado e deixá-lo ir embora simplesmente pelo temor de agarrar-se (com unhas e dentes!) a oportunidade.

Mudar não é simples, em geral, as mudanças trazem obstáculos. É como subir uma enorme montanha. Para chegar lá em cima, faz-se necessário muito empenho e força de vontade, demanda um grande esforço (às vezes físico, outras vezes emocional) para alcançar o topo da montanha, mas a vista lá do alto, normalmente compensa.

Mas e se não der certo? Bem, pelo menos eu terei tentado. Não dá pra saber se dará certo ou não. Não sem tentar, testar, experimentar. Se não der certo, sempre terei a oportunidade de recomeçar, independente de que altura da vida que eu estiver.

Enquanto houver vida em meu ser, um coração batendo em meu peito e uma alma cheia de sonhos, posso a cada manhã, levantar-me e recomeçar. Só não posso (e não devo!) desistir no meio da jornada, pois, a vida é muito curta para se ficar parado!

A vida pode até mudar as perguntas quando eu penso que tenho as respostas, mas é na mutação das certezas que reside a emoção de viver!




terça-feira, 16 de agosto de 2011

Quanto Vale?


Realmente, algumas coisas não têm preço. Entre as mais caras com certeza estão os momentos com quem amamos as horas de riso e as palavras de valorização e reconhecimento por um bom trabalho.

Entretanto, tem coisas bem mais simples e menos importantes, mas que podem valer um milhão. Tomar banho no chuveiro de casa, aquele que a gente conhece tão bem e dormir na própria cama, estão entre os 10 “Top Mais” do meu conceito. Principalmente depois de uma viagem de mais de 400 kilômetros e três dias de trabalho exaustivo.

Então, nada melhor que uma ducha quente pra relaxar e tirar as dores no corpo, herança das noites mal dormidas em cama de hotel (a cama não era lá essas coisas, mas o café da manhã compensava, exceto pelo liquidificador que começava a funcionar as 5:30 da manhã e parecia que estava ligado dentro do meu quarto!) e depois o merecido descanso (na minha cama!  \O/ ) pra ver se acordo nova em folha.

Good Night! Sweet Dreams...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Divagando


Tenho pensado muito nas injustiças da vida. Se é que são injustiças, pois quando estudamos algumas filosofias religiosas a diversidade humana e social é explicada como carma, resgate ou pagamento.

Mesmo assim, ainda me pergunto por que crianças nascem com deformidades ou sofrem de doenças, às vezes incuráveis. Por que alguns pais precisam enterrar seus filhos quando esse é o caminho inverso, na ordem natural do viver. Por que pessoas boas sofrem privações e enfrentam as mais cruéis dificuldades enquanto outros desperdiçam o pão sem nem ao menos olhar pros carentes que ficam olhando pela vidraça (quando conseguem chegar até ela!)

Sofro ao ver crianças nas ruas passando frio, sentindo fome, pedindo amor. Sofro ao me perguntar por que a igualdade social apregoada nunca irá além da utopia. Sofro por ver que apesar do bem ser maioria e dos homens unirem-se diante das catástrofes que assolam o mundo atual, ainda existem maus que transitam indiferentes sobre a dignidade humana.

Desconheço os meios para solucionar as desigualdades, mas com certeza não são campanhas pra doar roupas velhas e comida. Acredito que apenas uma revolução pacífica, baseada nos conceitos de amor ao próximo (ensinados a mais de 2 mil anos por Jesus Cristo) podem iniciar essa transformação.

Essa mudança passa pela alma, pelo entendimento de que o que realmente importa não cabe na carteira (a não ser que seja a foto de quem mais amamos!). Não quero pregar “moral de cuecas”, não me cabe esse papel de Madre Teresa de Calcutá, afinal, sou um tanto “mundana e carnal”, permeada por desejos e pecados pessoais. Mas o que sinto e como sinto com relação ao meu próximo, depende de como eu percebo as suas necessidades. No fim, talvez uma palavra, uma gentileza ou um minuto do meu tempo, valham bem mais do que qualquer outra coisa.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Pelo bem dos filhos

Hora de escrever e, eu não sei exatamente sobre o quê! Então, acabei de decidir que vou escrever sobre meu filho. Por quê? Porque estava organizando as fotos para a pasta de vivência tradicionalista dele e recordando o quanto me deixava feliz pensar na continuidade do meu DNA.

Quando desejamos ter filhos, antes mesmo da sua gestação, já planejamos o futuro do nosso rebento. Sonhamos um destino luminoso, cheio de realizações e como projeto inicial, decidimos que não seremos como os nossos pais. Queremos ser atenciosos, compreensivos e juramos nunca, nunca mesmo, perder a paciência com aquele serzinho que ainda nem nasceu.

Mas aí, nasce o bebê e junto com o amor, vêm as dores de barriga, as noites mal dormidas e as pressões externas, e toda a paciência e boa vontade se esvaem junto com o nosso bom humor. A criança cresce e antes mesmo da adolescência já começa a nos testar. Deseja coisas impossíveis, acha que tem todos os direitos e nenhum dever. Insiste até cansar. E o nosso planejamento de nunca brigar com os filhos e a filosofia da educação baseada no diálogo vão de mãos dadas, por água abaixo. (Eu brigo até ser ouvida! E atendida!)

Parece que, simplesmente, os filhos não entendem que amor significa também, saber dizer não! Que com permissividade não se consegue ensinar nada! Aliás, parece que muita gente não tem se dado conta disso.

Vejo pais que permitem demais e no fim das contas, tem de buscar seus filhos na sarjeta do mundo dos vícios. Vejo pais que fecham os olhos e se enganam querendo acreditar numa recuperação que fica cada vez mais distante. Vejo bons pais (será que são mesmo bons?) que premiam maus filhos com presentes e viagens, quando na verdade deveriam endurecer suas atitudes pra mostrar o que é certo e errado, o bom e o ruim.

Muitas vezes me cobrei ser uma mãe má, dessas que corrige os filhos e que diz muito mais “nãos” do que “sins”. Mas hoje, montando a pasta para o concurso do meu filho, olhando suas fotos e sua trajetória, percebo que plantei uma boa semente e que, bem ou mal, ele vem aprendendo que vencer demanda esforço, que o fácil de hoje, não garante a felicidade de amanhã e que, é melhor uma mãe má, chata e irritante, do que uma mãe que deixa tudo e que tudo permite, porque simplesmente não se envolve e muitas vezes nem se importa!

Um dia (talvez quando for pai) meu filho entenda algumas das minhas atitudes e pense em seu intimo (mas bem, bem no íntimo, porque eu mesma, apesar de saber ainda não expressei isso pra minha mãe!) que eu estava certa e que graças a minha chatice ele tornou-se um grande homem.

Depois de tê-lo parido e criado, observando as almas que se perdem mundo afora, mudaram os sonhos que um dia sonhei (são bem mais singelos!), e hoje, meu grande desejo é que, quando adulto, baseado nos valores que aprendeu comigo, ele se torne (antes de qualquer outra coisa) um homem de bem!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Eu acredito!

Folha em branco e eu me mixando pra escrever. Assuntos não me faltam, mas a inspiração anda limitada. Creio que por causa das impressões que tem me acompanhado em relação a alguns temas.

Eu sinto saudade da minha juventude. Não que eu me sinta velha, ao contrário, acho que o ápice da minha existência começa agora, com maturidade para as escolhas e com discernimento para as decisões. E é por pensar assim, que um tema recente tem ocupado grande parte dos meus pensamentos.

Nos últimos dias, o mundo tradicionalista se reuniu em convenção para rever suas regras. Entre as proposições para alteração, estava o limite de idade para concorrer à prenda, que até então, a nível estadual era de 24 anos. Duas gurias de coragem e personalidade defendiam a proposta de que a idade limite deveria ser de 30 anos, visto que, as mulheres têm protelado o matrimônio e a maternidade priorizando os estudos e a faculdade e, que aos 30, essas obrigações já estariam encaminhadas e a prenda poderia, de forma plena, ocupar seu cargo e desenvolver um trabalho competente, baseado em seu poder de análise mais maduro e também na certeza do desejo de ser prenda.

A Comissão entendeu que a possível diferença de idade entre as candidatas poderia prejudicar as mais jovens no processo do concurso ou criar conflitos em função da diferença de idade. E por fim, ficou decidido e estabelecido que a idade limite para ser prenda deva ser no máximo, 27 anos.

Honestamente, eu discordo da comissão! DISCORDO! DISCORDO! DISCORDO!

A primeira vista, considero essa análise preconceituosa, afinal, aos 30 anos mal estamos começando nossa vida, dita, adulta. Depois, determinar com que idade eu devo (ou posso) ser prenda, tolhe o meu direito de escolha, pois, ou sou prenda quando estou no inicio da minha jornada existencial, ou não serei nunca mais, porque o MTG não permite! Além disso, nos estudos e no trabalho temos de superar as diferenças e conviver harmoniosamente com pessoas das mais diversas gerações, por que no prendado a diferença de idade torna-se um problema?

Ah sim! Quanto mais madura a mulher, mais segura de seus desejos e vontades, maior o seu poder de escolha e convencimento. Maior o discernimento e também a clareza de seus pontos de vista. Melhores tornam-se seus critérios de avaliação, muito mais ampla se torna a sua capacidade de defender suas idéias e mais fortes se tornam seus argumentos (a exemplo das gurias que defenderam a idade limite de 30 anos!)

Enfim, só posso supor que a comissão do MTG (e quem votou contra a proposta!) considere que mulheres pensantes (não que as mais jovens não o sejam, às vezes elas só não tem certeza dos seus desejos ou lhes falta à experiência para expor e defender suas idéias.) e experientes, sejam um problema. Eu não sou menos prenda depois dos 30, pelo contrário, sou tão ou mais prenda do que fui enquanto ostentei uma faixa, porque hoje, tenho a segurança e o conhecimento que acompanham a minha experiência.

Será esse o medo de “alguns”??

Não quero e nem posso mais concorrer à prenda, mas ainda acredito na ideologia de um movimento que um dia me seduziu com seus encantos e belezas. Mas que, creio eu, só será pleno quando deixar de criar regras baseadas em preconceitos e passar a aplicar a raiz de seus conceitos, motivando os tradicionalistas na realização de um trabalho único e coeso. Enquanto os interesses pessoais e as disputas de beleza forem o foco principal das políticas tradicionalistas, o movimento tornar-se-á limitado andando sempre um passo atrás.

Eu (ainda!) sonho um Movimento Tradicionalista para todos!


Quem sou eu

Minha foto
Indefinível mulher, com tantas fases quanto a lua. Um tanto louca, um pouco santa, apaixonada e determinada em conquistar o que mereço. Amante da escrita, valorizo os detalhes, todos, mesmo os mais insignificantes. Chorona, me emociono até com comerciais. Acredito que a verdadeira beleza está na simplicidade. E sou assim, despida de vaidades efêmeras, sem nunca abandonar um bom perfume e a maquiagem. No mais, descubra-me, pois ainda estou no caminho da minha identidade.