quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Construindo

Ao nascermos, trazemos ao mundo, o encargo de uma missão. Um propósito para a permanência passageira neste plano. Cada um deve (e precisa!) evoluir.

Assim, uns nascem para ser construtor. Arquitetos de grandes construções. Não necessariamente prédios, mas construtores de projetos mais amplos, ou formadores de personalidades. Essas pessoas tem, intrínseco em sua na alma, a capacidade de contribuir, de apoiar, de fortalecer o que quer que seja. Ao plantar uma flor, por exemplo, a planta vinga mais viçosa e fortalecida pela energia positiva das mãos que a cultivam.

Percebe-se claramente quem são os construtores. Primeiro porque estão sempre cercadas de bons amigos, com um astral positivo e motivadas a felicidade. Essas pessoas não criam problemas, ao contrário, estão sempre envolvidas com a solução. Para estes, não importa se o trabalho é difícil, o prazer reside na cooperação.

Assumem diante da vida e das dificuldades que, por vezes aparecem, uma postura de otimismo e acreditam firmemente na realização dos seus sonhos. Por vezes sonham alto, mas isso não é empecilho, afinal, impossível é apenas uma questão de ponto de vista.



Em contraponto à balança, existem os motoristas de retro-escavadeira. Os destruidores. Aqueles que se apegam a inveja e ao ciúme para terminar com qualquer trabalho ou atividade que esteja dando certo. Pra estes, pouco importa quanta energia foi dispensada na construção, ou quantas mãos trabalharam unidas para erguer o prédio. Eles querem destruir a todo custo.

Costumeiramente, os destruidores, não admitem ou reconhecem os méritos alheios. Ao contrário, esperam os “louros” para si, mesmo que sua contribuição tenha sido parca (ou nenhuma!) e turbulenta. São adeptos da filosofia: “se não posso contribuir, posso atrapalhar... o importante mesmo é participar”. E dessa forma, transformados num trator de esteira turbinado, saem derrubando tudo que encontram pela frente. Sentimentos como ódio, vingança, ciume e ganância ficam explícitos no olhar, apesar de conscientemente tentarem disfarçar.

Não é difícil reconhecer tais perfis. Eles costumam agir de forma sorrateira, criando intrigas e semeando fofocas com a intenção de desmotivar os construtores e acabar com qualquer bem fomentado. Também costumam “cacarejar” muito, pois precisam de mídia e platéia, mas no fim, acabam solitários e desacreditados, esquecidos e ofuscados pela capacidade de quem sabe construir!


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Palavreando

Escrever, todos aprendemos, ao freqüentar os bancos das séries iniciais, mas sentir as palavras e escrever com o coração é um dom que poucos recebem.

Impressiona-me a capacidade de certas pessoas de brincar com as palavras. Acolheram as letras e em poucas linhas descrevem com riqueza de detalhes causos e momentos. Numa sucessão de temas que se misturam e se completam vão formando no imaginário do leitor um cenário, uma personagem e um sonho e, tele transportam quem, avidamente, acompanha os escritos.

Estimulando risos e lágrimas, às vezes, tem a capacidade de fazer com que o leitor se encontre ou se reconheça em cada linha. Quem nunca leu grandes obras e, fechando os olhos imaginou-se o herói do enredo ou a mocinha do romance?

Impressiona-me essa capacidade de transformar. E não pensem que são os leitores que viajam em sua imaginação enquanto lêem. Não! Esse privilégio pertence aos escritores. São eles que combinam de forma perfeita as palavras, promovendo tal passeio. Tem a capacidade de transcrever a emoção, de descrever o sentimento de tal maneira que a dor arde, também, no peito de quem lê.

Para conseguir tal façanha, creio eu, que seja necessário um infinito amor às palavras. É preciso ter um caso amoroso com as letras. Tornar-se cuidadoso amante da língua, conhecendo a fundo suas faces e segredos, palavreando os sentidos. Grandes escritores possuem o talento de brincar com as palavras e a habilidade de transcrever o amor como que vive constantemente uma arrebatadora paixão.


Para escrever, basta seguir as regras... para encantar é preciso quebrá-las!




domingo, 16 de outubro de 2011

3.3

Recentemente completei 33 anos. Revisando a memória, parece que foi ontem que estava fazendo meus sonhados 18 anos, mas que nada, o tempo voa, e já bati a marca dos 33. Mas, ao contrário do que pensam a maioria das pessoas, envelhecer tem certos benefícios.

Pra dizer bem a verdade, eu não tenho muita saudade dos 18 anos. E nem tenho tanto medo assim de envelhecer, afinal faz parte do processo natural. Honestamente, creio que estou muito melhor hoje do que era, quando mais jovem.

Hoje, por exemplo, como sem culpa o que meu paladar pede. E sem excessos porque tenho consciência das minhas necessidades orgânicas. Diferencio fome e gula e quando uma ou outra me vence, na perco mais do que 5 minutos com peso na consciência, afinal não adianta mesmo!

Também me acho mais atraente hoje. Segura do que me agrada e do que em mim, agrada os outros. Isso porque aprendi (por experiência) que beleza se esvai com o tempo, e que o caráter, esse sim, se aprimora, pois a forma como nos vemos pode determinar como os demais passam a nos enxergar. Percebi que minha postura, meu olhar ou meu tom de voz, podem ser tão atraentes quanto meu peito ou minha bunda, quando se trata de uma relação importante.  Descobri que amor não está diretamente relacionado à estética e, que a atração, normalmente acaba depois do sexo.

Já a sensualidade, essa sim tem relação com a idade. Uma mulher madura, segura dos seus desejos e plenamente consciente de suas qualidades torna-se um constante desafio ao universo masculino e um disputado objeto de conquista. Aí sim, encontra-se uma dos segredos de sedução das mulheres maduras. Balzac diria que, livre das amarras, a mulher com mais de 30 anos torna-se um paraíso a ser desvendado.

É claro que, (como toda mulher) peço ao tempo que seja generoso. Que as rugas venham lentas, que o corpo suporte os efeitos da Lei da Gravidade e que os fios brancos demorem a se instalar, mas isso, já não é o primeiro pedido da minha lista de presentes.
O meu primeiro pedido agora, é que o tempo mantenha perto os que eu amo e, que os sorrisos sejam mais constantes do que as lágrimas. Que eu tenha tempo de não ter tempo, que eu faça tudo o que ainda não fiz sem me preocupar com o amarelo da minha identidade e que eu ainda faça muitos aniversários.

Percebi que mais importante que ser bela, é ser honesta e me libertar de conceitos e paradigmas que atrasam (ou atrapalham) a minha felicidade. Descobri que o amor é cego (graças a Deus!) e que é a sua cegueira que garante uma nova e constante descoberta! Quem ama, não ama a idade, os cabelos ou os olhos... quem ama, ama o todo, e é na soma, no total, que reside o grande segredo.

Ao envelhecer, eu não ganhei apenas anos na minha certidão de nascimento. Ganhei currículo e mais uma infinidade de bens. Ganhei sentimento e maturidade. E hoje invisto no que realmente importa. Invisto em conteúdo, porque embalagem, quando recebe um presente, a gente rasga e joga no lixo. Isso porque, em geral, o melhor presente, não é o que tem o pacote mais bonito, mas aquele que nos marca pela lembrança.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Vaidades

Acho que todo homem devia, quando chegasse aos 30 anos ter um dia de mulher! Aliás, um dia não. Uma semana! Isso mesmo, uma semana!  De segunda a segunda! Pra sofrer na pele o nosso estresse. Assim, talvez, eles mudassem seus conceitos sobre nós e, quem sabe nos tratassem com mais consideração quando sofremos aquele “pequeno atraso” na hora de sair.

Sim, isso porque todo homem considera bobagem o tempo que gastamos em maquiagem, cremes e tudo o mais que nós fazemos e usamos somente para agradá-los. Isso porque eles ainda não perceberam que tudo, (tudinho mesmo!) é só pra eles, e que o principal objetivo é fazer com que o gato sinta um tremendo orgulho de ter uma mulher linda e cheirosa do lado dele.

Esse papo de que mulher se arruma pras outras mulheres, é conversa fiada que inventamos por orgulho, pra não “encher a bola” do amado. Mas no fundo no fundo, a verdade é que tantos artifícios de sedução são parte constante da conquista! (e cada vez mais necessárias, pois a cada dia, porque a concorrência está crescendo no mercado! Já são 7 candidatas a vaga de namorada por cada bofe disponível).

São verdadeiras loucuras que as mulheres (a maioria pelo menos) faz pra ficar mais bonita! É academia, desenho de sobrancelha, depilação, musculação, dieta, cauterização capilar, manicure, pedicure, drenagem linfática (que nos enche de hematomas), maquiagem, tratamentos de pele, tinturas, hidratantes, anti sinais, e mais um arsenal de procedimentos estéticos (sem falar em botox!). Tem horas que mais parecemos uns ETs de tantos cremes e tratamentos. Tenho certeza que não existe uma única mulher sobre a face da terra que esteja completamente satisfeita com o próprio corpo. O sonho de 11 em cada 10 mulheres é fazer uma plástica (de preferência uma lipoescultura!!), nem que seja pra consertar um “defeitinho” que só ela enxerga!

E os homens, na maioria (e digo isso porque existem representantes do sexo masculino que valorizam a beleza feminina quase tanto quando as outras mulheres!), não percebem nenhuma diferença, mesmo depois de horas no salão de beleza! Por isso, um conselho: Acordem meninos! Quem não dá assistência, abre concorrência, perde a preferência e assume a conseqüência! O fato de ter excesso de mulher no mercado não significa que os homens inteligentes não estejam à procura de mulheres de qualidade!


Quem sou eu

Minha foto
Indefinível mulher, com tantas fases quanto a lua. Um tanto louca, um pouco santa, apaixonada e determinada em conquistar o que mereço. Amante da escrita, valorizo os detalhes, todos, mesmo os mais insignificantes. Chorona, me emociono até com comerciais. Acredito que a verdadeira beleza está na simplicidade. E sou assim, despida de vaidades efêmeras, sem nunca abandonar um bom perfume e a maquiagem. No mais, descubra-me, pois ainda estou no caminho da minha identidade.