segunda-feira, 3 de junho de 2013

Jogo do Contente

Quando adolescente li um livro que me marcou muito. Chamava-se "Pollyana". Como enredo a história de uma menina órfã que vivia com uma tia amargurada que, por vezes, a destratava. Mas apesar de todos os desgostos, Pollyana jogava um jogo que havia aprendido com seu pai, e que ela chamava "jogo do contente". Por pior que se apresentasse a situação, ela ainda encontrava um lado bom. Mesmo quando pediu uma boneca de natal e ganhou um par de muletas, ficou feliz por não precisar delas... mesmo com a morte de seus pais e a orfandade, ainda agradecia por ter uma tia (que não era a melhor tia, mas era sua parente e por isso ela não precisou ficar no orfanato).

Pollyana ensinou seu jogo à todos os moradores do vilarejo que habitava e tornou-se referencial de bondade e alegria à quem a conhecia. Por que relembro esse livro agora, depois de tantos anos? Bem, porque preciso aprender (de verdade) a jogar esse jogo.

Ele complementa uma frase do Chico Xavier que gosto muito e que diz: "Chora-se muito pelo pouco que nos falta e ri-se pouco pelo muito que temos. De fato, preciso aplicar o Jogo do contente. Preciso não só perceber, mas acreditar que tenho recebido bem mais do que mereço.

Me encontro diante de uma situação que muitas vezes me impede de ver além. Estou tão obcecada pelo problema que nem consigo ver a luz no fim do túnel (apesar de saber que ela está lá e que muitas pessoas tem contribuído para mantê-la acesa). Mesmo sabendo que tudo na vida requer tempo, minha paciência anda curta como manga de colete (lembrando que colete não tem mangas!!)... ou seja, tá se acabando.

Então, creio que preciso incorporar a Pollyana e passar a agradecer ainda mais as bênçãos, ignorando de verdade os percalços e as dificuldades. Se eu me pergunto o por quê? Ou o que foi que eu fiz pra passar por determinadas situações? Sim! Eu me pergunto constantemente, mas como Pollyana, agradeço por passar por tudo, afinal, isso significa que ainda estou viva... e só isso já é um grande motivo pra ficar contente. To aprendendo a sorrir pelo muito que tenho!


P.S. Tem um bocado de gente que devia ler "Pollyana"

Quem sou eu

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Indefinível mulher, com tantas fases quanto a lua. Um tanto louca, um pouco santa, apaixonada e determinada em conquistar o que mereço. Amante da escrita, valorizo os detalhes, todos, mesmo os mais insignificantes. Chorona, me emociono até com comerciais. Acredito que a verdadeira beleza está na simplicidade. E sou assim, despida de vaidades efêmeras, sem nunca abandonar um bom perfume e a maquiagem. No mais, descubra-me, pois ainda estou no caminho da minha identidade.