Por mais feliz que se seja ninguém está livre de dias
cinzentos...
Aqueles dias que dá vontade de chorar sem motivo, de pedir
colo, de se deprimir mesmo contra vontade. Ninguém é livre de ouvir uma música
que faz lembrar, de uma tristeza surpresa que invade o coração. Ninguém é livre
de sentir saudades, mesmo das coisas bobas.
Ninguém está livre da vontade de ser diferente, de colocar
objetivos muito distantes e de se questionar sobre si mesmo, seja sobre a
capacidade intelectual ou física. Ninguém é livre de duvidar de si mesmo...
será que sou capaz?
Ninguém é livre de acordar, mesmo sem hora definida no
despertador. Ninguém é livre de comer, de dormir, de respirar... Ninguém é
livre de odiar mesmo as coisas que ama, porque o bom e mal habitam dentro de
cada um de nós. E isso me leva a crer que, afinal, ninguém é livre...
Enfim, nem os libertos são livres... porque ninguém é livre
de si mesmo, ninguém é livre de convenções, ninguém é livre das histórias que
leu e viveu... Liberdade de verdade, vai bem além do direito de ir e vir...
liberdade de verdade, impõe escolhas que tem um preço alto demais para a
maioria dos normais.
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