Blaft!! Ontem prestei vestibular e um dos temas propostos
para a redação foi SOLIDÃO. Poderia ter sido saudade, tão mais fácil de
explicar, afinal, saudade é um sentimento que conheço bem... já de solidão
conheço pouco, pois sempre trabalhei em grupo, já que sou uma libriana que
preza pela harmonia.
Enfim, o tema foi a dita solidão. Sombria e traiçoeira. Tão
estranha que na hora, não me ocorreu nenhuma ideia coerente sobre o tema.
Fiquei ali, diante da folha em branco, tentando explicar o inexplicável. Lá
pelas tantas entreguei a folha com vinte e poucas linhas que falavam vagamente do
tema.
Mas foi só deitar a cabeça no travesseiro e milhares de
composições sobre a solidão começaram a fervilhar na minha cabeça. Tanto que
são 2:59 quando estou escrevendo esse texto.
Entendi, compilando os pensamentos, que a solidão é uma
semente que plantamos ao longo da vida. Sim, parece ilógico, mas é um fato.
Lembrei de um caso específico, em que o egoísmo plantado germinou e tornou-se
solidão.
Fiquei triste em perceber, que em geral, a solidão é uma
escolha inconsciente. Por acreditarmos que nunca estaremos sós, afastamos sem
querer, aqueles que nos são mais caros. E no fim, nada resta a não ser nossa
própria companhia, por vezes amarga e infeliz.
Percebi ainda, que estar só é diferente de ser só. Estamos
sós, quando optamos por um momento de isolamento necessário, entretanto,
ficamos sós, quando ninguém mais quer se aproximar de nós. Ficamos solitários,
quando deixamos de ser uma boa companhia... até pra nós mesmos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário