Folha em branco e eu me mixando pra escrever. Assuntos não me faltam, mas a inspiração anda limitada. Creio que por causa das impressões que tem me acompanhado em relação a alguns temas.
Eu sinto saudade da minha juventude. Não que eu me sinta velha, ao contrário, acho que o ápice da minha existência começa agora, com maturidade para as escolhas e com discernimento para as decisões. E é por pensar assim, que um tema recente tem ocupado grande parte dos meus pensamentos.
Nos últimos dias, o mundo tradicionalista se reuniu em convenção para rever suas regras. Entre as proposições para alteração, estava o limite de idade para concorrer à prenda, que até então, a nível estadual era de 24 anos. Duas gurias de coragem e personalidade defendiam a proposta de que a idade limite deveria ser de 30 anos, visto que, as mulheres têm protelado o matrimônio e a maternidade priorizando os estudos e a faculdade e, que aos 30, essas obrigações já estariam encaminhadas e a prenda poderia, de forma plena, ocupar seu cargo e desenvolver um trabalho competente, baseado em seu poder de análise mais maduro e também na certeza do desejo de ser prenda.
A Comissão entendeu que a possível diferença de idade entre as candidatas poderia prejudicar as mais jovens no processo do concurso ou criar conflitos em função da diferença de idade. E por fim, ficou decidido e estabelecido que a idade limite para ser prenda deva ser no máximo, 27 anos.
Honestamente, eu discordo da comissão! DISCORDO! DISCORDO! DISCORDO!
A primeira vista, considero essa análise preconceituosa, afinal, aos 30 anos mal estamos começando nossa vida, dita, adulta. Depois, determinar com que idade eu devo (ou posso) ser prenda, tolhe o meu direito de escolha, pois, ou sou prenda quando estou no inicio da minha jornada existencial, ou não serei nunca mais, porque o MTG não permite! Além disso, nos estudos e no trabalho temos de superar as diferenças e conviver harmoniosamente com pessoas das mais diversas gerações, por que no prendado a diferença de idade torna-se um problema?
Ah sim! Quanto mais madura a mulher, mais segura de seus desejos e vontades, maior o seu poder de escolha e convencimento. Maior o discernimento e também a clareza de seus pontos de vista. Melhores tornam-se seus critérios de avaliação, muito mais ampla se torna a sua capacidade de defender suas idéias e mais fortes se tornam seus argumentos (a exemplo das gurias que defenderam a idade limite de 30 anos!)
Enfim, só posso supor que a comissão do MTG (e quem votou contra a proposta!) considere que mulheres pensantes (não que as mais jovens não o sejam, às vezes elas só não tem certeza dos seus desejos ou lhes falta à experiência para expor e defender suas idéias.) e experientes, sejam um problema. Eu não sou menos prenda depois dos 30, pelo contrário, sou tão ou mais prenda do que fui enquanto ostentei uma faixa, porque hoje, tenho a segurança e o conhecimento que acompanham a minha experiência.
Será esse o medo de “alguns”??
Não quero e nem posso mais concorrer à prenda, mas ainda acredito na ideologia de um movimento que um dia me seduziu com seus encantos e belezas. Mas que, creio eu, só será pleno quando deixar de criar regras baseadas em preconceitos e passar a aplicar a raiz de seus conceitos, motivando os tradicionalistas na realização de um trabalho único e coeso. Enquanto os interesses pessoais e as disputas de beleza forem o foco principal das políticas tradicionalistas, o movimento tornar-se-á limitado andando sempre um passo atrás.
Eu (ainda!) sonho um Movimento Tradicionalista para todos!
Sim...vejo desta mesma forma. Lamento profundamente que não tenham sido os Jovens a tomarem essa decisão. Tivestes uma visao muito clara sobre isso
ResponderExcluirParece que você leu meus pensamentos ao escrever essa postagem... e acredito que a maioria das prendas e peões também pensem assim.
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