segunda-feira, 11 de julho de 2011

O poder do bem

Hora de escrever! Dei-me o direito de ficar ausente neste fim de semana para cuidar do meu amor, afinal, convenhamos que não há nada melhor que namorar, principalmente quando o fim de semana é basicamente perfeito.

Estava em dúvida sobre o tema e decidi que preciso fazer uma referência à transformação. Vivemos momentos turbulentos em diversos segmentos da sociedade. Declarações veladas, e algumas até, bem explícitas, de que a vingança e o poder são armas mortais aos inimigos de uns e outros.

E enquanto penso nisso e temo pelo rumo que as coisas tomam, busco meios de acreditar que os bons ainda são maioria. Sim, eu temo pelo futuro e, também pelo presente. Temo por perceber que a cultura instituída da esperteza e das conveniências é o que vale em nosso país.
E infelizmente, o significado de esperto é muito diferente do que diz no dicionário, pelo menos aqui no Brasil. Aqui, esperto não significa inteligente, ativo ou astuto como define a palavra, o conhecidíssimo “Aurélio”. Na verdade, seu significado tem mais a ver com o embuste ardiloso de enganar ou subestimar algo ou alguém, geralmente os honestos.

Enquanto tudo o que se houve nos noticiários são fraudes, roubos, mensalões e a famosa corrupção, que já instalou seu endereço fixo no meio político brasileiro, aqui, neste rincão sulino, eu presenciei no último domingo um belo espetáculo de arte e tradição.

Centenas de jovens, reunidos para o resgate da cultura gaúcha, através da dança, do canto, da poesia e principalmente, da integração. As danças reproduziam a história do Rio Grande do Sul e do Brasil. Em um belíssimo espetáculo, foram revividos em prosa e verso, personagens como Getúlio Vargas que “saiu da vida para entrar pra história”, entre tantos outros nomes que enobrecem o passado brasileiro. E em cada apresentação, percebia-se o amor e o orgulho de um país que oferece tão pouco, enquanto berço esplendido de todos os brasileiros.

Apesar da disputa, o respeito foi soberano. Grupos e entidades comemoraram e choraram juntos, vitórias e derrotas e, no fim das contas, a grande vitoriosa foi a tradição, revivida numa tarde fria de domingo.

Enquanto observava aqueles jovens, empenhados na preservação de valores, me dei conta que é hora de começar a revolução do pensamento. Eu acredito que os bons são maioria! Acredito na honestidade como ferramenta de crescimento social e econômico. Naquele instante, enquanto os jovens prestavam seu exemplo de cidadania, eu desejei transformar o significado do famoso “jeitinho brasileiro”. E já estou começando, afinal, eu faço parte da maioria, eu acredito no poder do bem!




2 comentários:

  1. Muito bom. Esse tema que escrevestes é um dos muitos que penso todos os dias. Não apenas o fato dos brasileiros terem criado um novo sinônimo para esperteza, mas também que, se o mundo não for repensado, a tendência é que se prevaleça o individual.

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  2. Muito bom. Esse tema que escrevestes é um dos muitos que penso todos os dias. Não apenas o fato dos brasileiros terem criado um novo sinônimo para esperteza, mas também que, se o mundo não for repensado, a tendência é que se prevaleça o individual.

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Quem sou eu

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Indefinível mulher, com tantas fases quanto a lua. Um tanto louca, um pouco santa, apaixonada e determinada em conquistar o que mereço. Amante da escrita, valorizo os detalhes, todos, mesmo os mais insignificantes. Chorona, me emociono até com comerciais. Acredito que a verdadeira beleza está na simplicidade. E sou assim, despida de vaidades efêmeras, sem nunca abandonar um bom perfume e a maquiagem. No mais, descubra-me, pois ainda estou no caminho da minha identidade.