segunda-feira, 4 de julho de 2011

Segredos

Viver é andar de olhos vendados, mas ainda assim descobrir o caminho!

Ontem (domingo) me dediquei a não escrever nada. Nem receita de bolo. No máximo conversar com algumas pessoas pelo MSN, a fim de divulgar esse espaço e coletar opiniões. Recebi algumas manifestações positivas e isso me estimulou a continuar por aqui, escrevendo.

Aceito críticas e uma delas, muito lúcida, me disse que se eu quiser ser lida, devo escrever textos mais curtos e com fonte maior, agora, se eu quiser ser desvendada, bueno, aí sim, estou no caminho certo.

Minha resposta foi: - Todos nós queremos ser desvendados, descobertos, amados. Não por nossa beleza física ou capacidade intelectual, mas simplesmente por nós mesmos. Por gostar de ficar em casa, ou por ser baladeiro, por gostar de filme romântico ou por detestar. Tanto faz, todo mundo, sem exceção, quer ser amado.

Mas como amar aquilo que desconhecemos? Fico observando dezenas de casos de mulheres que são incrivelmente maravilhosas e ainda assim continuam solitárias, ou no mínimo, desiludidas com seus relacionamentos porque seus parceiros não sabem desvendá-las.

Sim, o inverso também é verdadeiro. Vejo uma crescente de mulheres que não sabem valorizar seus parceiros, ou ainda, que se vestem de pudores afastando aquele que poderia ser o grande amor da sua vida.

Enquanto fico me perguntando o que leva o ser humano a afastar seus pares, percebo que em geral, as pessoas têm medo. Medo de se machucar, medo de sofrer, medo de se magoar, de se envolver, de se comprometer, de se revelar... medo do abandono e da solidão. E por isso se recolhem ao seu próprio mundo. Não se dão conta de que é impossível perder o que não nos pertence. Escolhem a solidão assistida e esquecem-se de se despir das máscaras, de se entregar. Sem entrega, dificilmente haverá qualquer descoberta. A felicidade em geral, consiste em nos descobrirmos no outro, sem ter de mudar por isso.

 “Quanto maior o desejo por desvendar um mistério, maior valor será atribuído à descoberta” (Danilo Gomes)

Um comentário:

Quem sou eu

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Indefinível mulher, com tantas fases quanto a lua. Um tanto louca, um pouco santa, apaixonada e determinada em conquistar o que mereço. Amante da escrita, valorizo os detalhes, todos, mesmo os mais insignificantes. Chorona, me emociono até com comerciais. Acredito que a verdadeira beleza está na simplicidade. E sou assim, despida de vaidades efêmeras, sem nunca abandonar um bom perfume e a maquiagem. No mais, descubra-me, pois ainda estou no caminho da minha identidade.